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“(...) Seja como for, esse poema é uma coisa milagrosa. A amargura cai sobre a única causa justa de amargura, a subordinação da alma humana à força, isto é, afinal de contas: à matéria. Essa subordinação é a mesma em todos os mortais, embora a alma a suporte de diversas maneiras, conforme o grau de virtude. Ninguém, na Ilíada, lhe escapa, assim como ninguém neste mundo pode escapar-lhe. Nenhum dos que sucumbem a ela é olhado por isso como desprezível. Tudo o que, no interior da alma e nas relações humanas, foge ao império da força, é amado, mas amado dolorosamente, por causa do perigo de destruição continuamente pendente. Esse é o espírito da única epopéia verdadeira que o Ocidente possui. (...) O pensamento da justiça a ilumina sem intervir nunca; a força aparece em sua fria dureza, sempre acompanhada pelos funestos efeitos aos quais não foge nem o que a usa nem o que a sofre; a humilhação da alma sob a coação não está nela nem disfarçada, nem envolta por piedade fácil, nem exposta ao desprezo; mais de um ser ferido pela degradação da desgraça, é, na tragédia, oferecido à admiração.”
Simone Weil,
A Condição Operária e Outros Estudos Sobre a Opressão
“(...) No universo limitado do cinema de autor, não é de bom tom estar fora das normas. Buñuel penou durante os trinta
últimos anos de sua vida (quando as coisas estavam muito mais leves para ele), e Brisseau se prepara bravamente
para duas ou três décadas de incompreensão.”
Louis Skorecki,
pílula de Os Indigentes do Bom Deus,
19 de novembro de 2003
JEAN-CLAUDE BRISSEAU, O PODER DA IMAGINAÇÃO - français
DEPOIMENTO DE PIERRE RISSIENT - français
POR LOUIS SKORECKI - français
CONSTRUÇÃO INTERIOR |
FOCO - REVISTA DE CINEMA
Editores: Bruno Andrade, Matheus Cartaxo, André Barcellos e Lucas Baptista (Contribuíram: Felipe Medeiros, João Gabriel Paixão, Luan Gonsales e Marlon Krüger). |