DOIS PÓLOS DE UMA MODERNIDADE
Com o Filme-Resnais tendo a aparência de diagramas (formulando qual diamante?), e o Godard a do diamante (nascido de qual fórmula?), encontramo-nos na presença de dois casos-limites simétricos e inversos, cujo absoluto impõe que a exegese não possa ser arriscada imediatamente.
É uma das razões pelas quais nós nos permitimos (conjugando em apenas uma as oito estrelas[1] que ambos merecem) arriscar esse pequeno quadro crítico-descritivo-recapitulativo, na esperança de que Claude Lévi-Strauss não guardará rancor contra nós por ilustrá-lo com essa citação do seu O totemismo hoje: “Se nos é permitida a expressão, não são as semelhanças, mas as diferenças que se assemelham”.
Nota:
[1] Michel Delahaye refere-se às cotações do “Conselho dos Dez” da revista Cahiers du cinéma, em que se atribuíam cotações aos lançamentos parisienses do período de um mês. [N.T.]
(Cahiers du cinéma n.º 147, setembro de 1963, p. 42. Traduzido por Bruno Andrade) |
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