O SIGNO DO LEÃO, Eric Rohmer, 1959
Em tempos em que o efeito, o preciosismo, uma excessiva desenvoltura são garantias de qualidade, O Signo do Leão nos dá uma lição de simplicidade e desprendimento. Um itinerário é percorrido, que é aquele da degradação física de um homem só numa grande capital em pleno verão. Cada dia representa uma nova esperança e no fim das contas uma nova decepção. Tal incidente, anódino em si, toma na vida de Jess Hahn proporções trágicas. O calor sufocante, a cidade invadida por turistas isolam-no ainda mais. Em sua pobreza, o menor objeto utilitário assume uma importância considerável; como as palavras mais banais, os gestos mais cotidianos, a alegria dos outros pertence a um mundo ao mesmo tempo cruel e irônico. |
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