LILITH, Robert Rossen, 1964
Criatura onírica é Lilith (Jean Seberg) no último filme de Robert Rossen, Lilith chamado (1964). Lilith é uma rapariga internada num hospício para doentes mentais, na seqüência da morte do irmão. Mas Lilith, segundo vários textos gnósticos, é também o nome da primeira mulher, mulher não criada por Iavé mas por Satanás, para perder Adão. Lilith no filme, é simultaneamente a personagem mais inocente e também a mais perversa, que foi “a irmã de um só irmão” e parece querer - e não querer - ser a irmã de alguém mais. Ser a irmã desse Vincent (Warren Beatty) que espera desde o início e com quem quer jogar o jogo da loucura com a loucura da verdade. “Why are they dealing with the madness?” é a pergunta que se pode fazer até se perceber (e temos um filme para isso) que só na loucura Vincent pode eventualmente encontrar a mulher-mãe de cuja perca jamais se curara, e ser destruído ou redimido pela mulher mais próxima dessa mãe e mais oposta a ela. |
2009 – Foco |